quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Salto, mais que alto...

A Sociedade Britânica de pedicuros e podólogos propôs uma medida que está dando o que falar na Inglaterra. Com o argumento de que "se deve proteger a saúde das mulheres", eles querem proibir o uso de salto alto no trabalho. Não, você não leu errado: eles querem realmente proibir o salto alto. Segundo a tal associação (que já conseguiu apoio dos médicos britânicos), esse tipo de sapato causa problemas no próprio pé, no joelho e na coluna. E esses riscos são potencializados quando a mulher usa um sapato extremamente desconfortável só em nome da beleza. Segundo a porta-voz da tal sociedade, a ação dará às mulheres "direito de escolha": "Há mulheres que são obrigadas por seus empregadores a usar salto alto como parte do código de como se vestir no trabalho".

Por partes: primeiramente, em nome de uma minoria de setores que exigem o uso do salto alto, como o de aviação, por exemplo, quer se aplicar uma proibição geral. Sempre usando argumentos tidos como humanitários (a associação só quer ajudar as mulheres a terem mais saúde), se proíbe algo que soa tão ridículo quanto a proibição que alguém use roupa preta num país quente porque ela absorve calor e pode fazer a pessoa passar mal, por exemplo (espero que nenhum defensor da minha saúde leia isto e resolva colocar esta proposta em prática). Segundo, a medida simplesmente ignora o direito da escolha da mulher.

Quando alguém vai trabalhar em uma empresa, conhece de antemão as regras que é preciso cumprir para se tornar colaborador. Por isso, quando uma aeromoça opta por ter que usar saltos altos em troca de seu salário, ela toma essa atitude porque sabe que os benefícios que terá tendo aquele trabalho podem compensar os eventuais problemas de saúde que ela poderá ter por usar salto durante o expediente. A Sociedade Britânica simplesmente esquece-se de que as mulheres que usam salto, usam porque escolheram voluntariamente aquela profissão. Se elas realmente se sentirem incomodadas, elas podem tentar negociar a mudança na regra ou simplesmente procurarem outro emprego.

Por último, gostaria de lembrar que grande parte das empresas de médio e grande porte, como é o caso das companhias aéreas, costumam oferecer planos de saúde para seus funcionários. Por isso, uma funcionária que eventualmente tenha algum problema de saúde decorrente do uso do salto alto poderá utilizar o plano de saúde subsidiado pelo empregador para custear seu tratamento.

Resumindo, essa medida é mais uma atitude totalitária travestida de argumentos solidários que visam proteger as pessoas delas mesmas, ignorando as escolhas individuais de cada pessoa.

Não adianta surtar...

A rodada só acaba a meia noite.

O campeonato só acaba em dezembro.

E homem só fica com uma mulher se ele gostar dela e ponto.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sem querer ser chata, mas...

Depois tem gente que reclama que torcedor é mala, blá, blá, blá. Eu concordo que torcedor é uma raça muito chata, mas tem gente que pelamor de Deus, pede pra ser xingado.

Quem?

O Lance, claro.

Entro na página do Palmeiras no Lancenet e me deparo com as seguintes manchetes:

"Edmílson se esquiva de poêmica com K9"
"Muricy: pior aproveitamento em 2009".
"Verdão vê erros na defesa só como lapso"
"Muricy treina passes à exaustão na academia".

Oi? Estamos a pontos de sermos rebaixados, é isso? Ou somos os líderes do campeonato e a má vontade + falta de criatividade + falta de cérebro do editor de página leva o sujeito e colocar esse monte de manchete negativa?

Enquanto isso, na página rosa... "Tricolor Jason prepara mais uma vingança".

Jesus me chicoteia!!! É sério!!! Não é inveja, dor de cotovelo, nem nenhum mimimi que os bambis adoram, mas oi? Isso é um jornal ou um blog bambi?

Repito: sem querer ser chata, mas já sendo, digo: o Lance é um lixo!!!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Entendendo o Capitalismo

CAPITALISMO IDEAL
Você tem duas vacas. Vende uma e compra um touro. O rebanho se multiplica, você faz os investimentos necessários em saúde e a economia cresce. Você vende parte do rebanho e investe em novos empreendimentos, gerando emprego, riqueza e renda.
-------------------------------
CAPITALISMO AMERICANO
Você tem duas vacas. Vende uma e compra um touro. O rebanho se multiplica, você faz os investimentos necessários em saúde e a economia cresce. Você vende parte do rebanho e investe em novos empreendimentos, gerando emprego, riqueza e renda.
Ao se aposentar tem a uma aposentadoria digna que lhe permite usar sua experiência em causas sociais e voluntárias.
-------------------------------
CAPITALISMO FRANCÊS
Você tem duas vacas. Entra em greve porque quer três.
-------------------------------
CAPITALISMO CANADENSE
Você tem duas vacas. Usa o modelo do capitalismo americano. As vacas morrem. Você acusa o protecionismo brasileiro e adota medidas protecionistas para ter as três vacas do capitalismo francês.
--------------------------------
CAPITALISMO JAPONÊS
Você tem duas vacas, né? Redesenha-as para que tenham um décimo do tamanho de uma vaca normal e produzam 20 vezes mais leite. Depois cria desenhos de vacas chamados Vaquimon e os vende para o mundo inteiro.
-------------------------------
CAPITALISMO ITALIANO
Você tem duas vacas. Uma delas é sua mãe, a outra é sua sogra, maledetto!!!
-------------------------------
CAPITALISMO BRITÂNICO
Você tem duas vacas. As duas são loucas.
-------------------------------
CAPITALISMO HOLANDÊS
Você tem duas vacas. Elas vivem juntas, não gostam de touros e tudo bem.
-------------------------------
CAPITALISMO ALEMÃO
Você tem duas vacas. Vende uma e compra um touro. O rebanho se multiplica, você faz o pagamento de altos impostos, o governo presta bons serviços na área da saude e controle e a economia cresce. A vaca produz leite pontual e regularmente, segundo padrões de quantidade, horário estudado, elaborado e previamente estabelecido, de forma precisa e lucrativa. Mas você o que você queria mesmo era criar porcos.
--------------------------------
CAPITALISMO RUSSO
Você tem duas vacas. Conta-as e vê que tem cinco. Conta de novo e vê que tem 42. Conta denovo e vê que tem 12 vacas. Você pára de contar e abre outra garrafa de vodca.
-------------------------------
CAPITALISMO SUÍÇO
Você tem 500 vacas, mas nenhuma é sua. Você cobra para guardar a vaca dos outros.
-------------------------------
CAPITALISMO ESPANHOL
Você tem muito orgulho de ter duas vacas.
-------------------------------
CAPITALISMO PORTUGUÊS
Você tem duas vacas... E reclama porque seu rebanho não cresce...
-------------------------------
CAPITALISMO CHINÊS
Você tem duas vacas e 300 pessoas tirando leite delas. Você se gaba muito de ter pleno emprego e uma alta produtividade. E prende o ativista que divulgou os números.
-------------------------------
CAPITALISMO HINDU
Você tem duas vacas. Ai, de quem tocar nelas.
-------------------------------
CAPITALISMO ARGENTINO
Você tem duas vacas. Você se esforça para ensinar as vacas a mugirem em inglês... As vacas morrem. Você entrega a carne delas para o churrasco de fim de ano ao FMI.
-------------------------------
CAPITALISMO BRASILEIRO
Você tem duas vacas.
Uma delas é furtada. A Polícia Técnico-científica encontra os vestígios necessários para apontar o culpato, mas o Ministério da Justiça liberta o indiciado, pois um é petista, outro do MST e outro pertence as FARC, justificando o furto ter sido realizado por razões ideológicas aprovadas pelo Foro San Pablo.
O governo cria a CCPV - Contribuição Compulsória pela Posse de Vaca. Um fiscal vem e lhe autua, porque embora você tenha recolhido corretamente a CCPV, o valor era pelo número de vacas presumidas e não pelo de vacas reais. A Receita Federal, por meio de dados também presumidos do seu consumo de leite, queijo, sapatos de couro, botões, presume que você tenha 200 vacas e, para se livrar da encrenca, você dá a vaca restante para o fiscal deixar por isso mesmo...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Post sem acento

Os acentos se foram. O computador foi formatado, tudo se apagou. Inclusive os acentos. Eu nao tenho como acentuar a palavra nao. Meu eh tem um H em lugar do acento. Acabou a ilusao de que era possivel escrever sem acentos. Porque os acentos se foram, e nada vai mudar isso. A menos que se apague os acentos da minha memoria, para que esqueca completamente que um dia eles existiram, os acentos continuarao a martelar na minha cabeca. Nao ha acentos. E eu nao sei o que fazer.

Porque os acentos eram a pureza, a prova de que tudo poderia ser correto, que tudo seria sempre lindo. Mas os acentos se foram e ficou a verdade nua e crua: as palavras sem acentos existem: desfiguradas. A vida sem acentos eh torta, perigosa e imprevisivel. Mas eu nao tenho mais acentos. Soh me restam as palavras desfiguradas que mostram a essencia exotica de tudo.

Eu nao tenho acentos. Tem algo errado com isso. Eu preciso entender porque os acentos se foram. Eu preciso entender como faco para tocar minha vida, sem acentos. E o que fazer com as palavras que restam...

São Pedro está lavando o céu com torneira de bombeiro

Muita gente não entende como eu, uma matuta do inteiro do Mato Grosso do Sul, que viveu mais da metade da vida numa cidade de 10 mil habitantes, pode viver em São Paulo - e adorar a dor e a delícia que é a vida nesta cidade.

Eu sei que é confuso e muitas vezes, eu mesma me pergunto que diabos faço aqui. Principalmente em dias como hoje, com muita chuva - mas MUITA CHUVA MESMO. O melhor comentário para definir São Paulo hoje eu vi no twitter - e é o título desse post. O clima daqui é mais instável que meu humor durando a TPM, o que te faz ter que carregar guarda-chuva, blusa de frio e de calor, para se prevenir das mudanças repentinas vindas do céus, diariamente.

Apesar de esse ser um fator que me irrita muito por estas bandas (afinal, minha rinite fica aqueeela coisa), confesso que o trânsito é algo que me faz ter vontade, sometimes, de me enfiar no meio do mato. Hoje, graças ao oceano que desabou dos céus, promete ser um dia daqueles - e a Iguatemi já deu a amostra de que devemos bater fácil os 150 km de congestionamento na volta para casa.

Hoje, uma da tarde, resolvi me arriscar a sair do escritório para comprar alguma coisa - qualquer coisa - para comer. Estava desabando o mundo e meu guarda-chuva, infalível, me salvado de ficar completamente molhada. Ao sair do prédio, aquele barulho INFERNAL: buzinas de diferentes tons, intensidades e altura se alternando num cruzamento completamente parado e sem qualquer perspectiva de mobilidade em curto prazo.
Para quem não é de São Paulo, esse relato pode parecer insano ou simplesmente surreal. Para quem mora aqui, é parte do cotidiano. O paulistano perdeu completamente a indignação diante de algo que parece tão absurdo para o resto da população brasileira.

Caminhando, eu confesso que mais do que o trânsito - que ainda me assusta deveras, mas estou começando a não considerá-lo o fim do mundo - o barulho das buzinas é algo chocante e absurdo. Não consigo entender qual é a causa, motivo, razão ou circuntância que leva pessoas aparentemente normais a ficarem freneticamente apertando oa buzina do carro, sabendo que ao executar esta ação, absolutamente nada de diferente irá acontecer. Ou, de maneira mais clara, com buzina ou sem buzina, o trânsito continuará parado.

Sei que muitos podem alegar que isso é uma terapia - na vontade de descontar em alguém/alguma coisa a raiva pelo trânsito caótico originário da soma de excesso de carros + chuva + inércia governamental, é preciso descontar a raiva de alguma maneira. E viva a buzina!

Pode ser coisa de matuta do interior, mas continuando achando que essa forma de protesto/alívio de stress é tão ineficiente quanto as ações governamentais para melhorar o trânsito em São Paulo. Aliás, a única coisa que realmente melhorou o trânsito em São Paulo foi a gripe suína, que adiou a volta às aulas da molecada. Como aqui não é a Nova Zelândia e não dá pra ter aulas apenas nos dias 31 e 32 de fevereiro (essa piada só quem for do tempo da TV Colosso vai entender), o jeito é encontrar uma solução alternativa que dê uma aliviada no stress da turma que está ao volante - já que melhorar o trânsito parece algo tão plausível quanto quanto passar as próximas férias em Júpiter). Qual, eu não sei dizer, mas pensei em algumas coisas e gostaria de ouvir a opinião dos leitores deste blog. Vamos a elas:

1) Distribuição de cervejas "de grátis" nas ruas e avenidas mais congestionadas;
2) Distribuição de vibradores para meninas e bonecas infláveis + DVD portátil + filme pornô para os meninos;
3) Distribuição de bolsa-helicóptero, para que parte da população se desloque pelo céu;
4) Dsitribuição do vale-puteiro para que boa parte da população masculina retarde a volta para casa;
5) Distribuição do bolsa-happyhour, para que parte da população fique bebendo no bar e pegue o trânsito depois da hora do rush;
6) Obrigar os fabricantes de automóveis a incluirem como item de série um dispositivo que solta gás de pimenta toda vez que alguém aperta a buzina mais que duas vezes por minuto.

Bom, estas foram algumas soluções que pensei. Porque é muito, muito, muito, muuuuito chato ficar ouvindo esse povo buzinando desesperadamente. Não há humor que suporte esse povo que só sabe apertar a buzina. Definitivamente, pior que qualquer coisa em São Paulo, é esse monte de gente que não para de buzinar e que quase me fazem gostar das vuvuzelas da África do Sul.

A matuta do interior se acostumou com tudo na cidade grande e divertida: trânsito, poluição, violência, grandes, distâncias, etc. Só não se acostuma com a falta de educação dos motoristas que acham que vão separar as águas do Mer Vermelho (ou abrir uma passagem no meio do congestionamento) apertando as malditas buzinas que só fazem piorar o barulho na cidade e irritar até quem está apenas caminhando e tentando não se estressar com a infra-estrutura caótica da maior metrópole do Brasil.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Questão de vestibular

As afirmações abaixo foram feitas pelos gênios do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o IPEA, órgão que realiza estudos para definições de "políticas econômicas", que definirão o futuro do Brasil.
- Poupança é sempre ruim;
- Fazer poupança é deixar dinheiro embaixo do colchão;
- Emissão de papel moeda não causa inflação;
- Crédito é uma coisa, poupança é outra;
- É suuuuper normal criar dinheiro dinheiro do nada e isso faz muito bem;
- Devemos ter reservas de produtos "estratégicos" para combater a inflação;
- Bolhas são normais e inerentes ao "capitalismo";
- A crise é culpa do "sistema" e ela só não acabou com o mundo graças ao governo;
- Um setor privado forte precisa ter um governo forte.

Diante das afirmações acima, assinale a alternativa correta:
( ) A turma do Ipea faz inimigos bebendo leite;
( ) Puseram cachaça na água do palestrante;
( ) A diretoria do Ipea estudou economia pelo Instituto Universal Brasileiro;
( ) É por isto que o Brasil é esta merda
( ) Todas as alternativas anteriores.