sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Eu, mineira.

Mais um dia de trabalho. Tenho que atravessar metade de São Paulo de táxi pra trabalhar. A cidade está daquele jeito que o prefeito gosta: cheio de trânsito. Você chama o táxi no aplicativo. O taxista chega, você entra. E logo percebe que ele é do tipo tagarela, porque fica te perguntando mil coisas. Eu tentando ser evasiva. Ai, começa o diálogo.

- Você é mineira?
- Não.
- Mas já morou em Minas?
- Não.
- Tem certeza? Porque você fala igual mineiro.
- Tenho. Não sou mineira.
- De onde você é?
- Do Mato Grosso do Sul.
- Mato Grosso do Sul faz fronteira com Minas Gerais?
- Tem um pequeno trecho. Mas de onde eu sou, não. Minas fica longe
- Mas você convive com mineiro então?
- Não.
- Não é possível. Você está mentindo pra mim.

Então tá.
#comofaz


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Pressa x Perfeição: lição para o trabalho e a vida

Uma vez, eu cometi três cagadas seguidas na pressa de entregar um job para um cliente. Nunca ouvi tanta carcada na vida, tanto da cliente como dos meus chefes de então.

Depois disso, eu entendi que não adianta ter pressa pra entregar. O que a gente precisa é entregar excelência. Porque se o job for errado, ele vai voltar, o cliente tendo pressa ou não.

Em outra situação, cometi a gafe de justificar um erro para um cliente dizendo que foi porque fiz pelo celular. Na minha cabeça, ela compreenderia que fiz de tudo pra executar a tarefa e entenderia o erro. Mas, de novo, levei carcada. Da cliente e dos chefes. Por trás disso, estava a pressa em me justificar. E o erro de querer fazer de qualquer jeito pra dizer que fiz.

As duas situações ocorreram com o mesmo cliente. Foi o cliente mais difícil de satisfazer que atendi na vida como funcionária. Toda vez que a cliente botava pressão, eu entrava na crise da pressa e acabava fazendo cagada. E a cliente exigia. Exigia tudo o que eu achava que podia e o que não podia oferecer. Hoje, sei que tamanha exigências foi uma das melhores coisas que aconteceu comigo.

Nessa época, tive sorte de ter (por quase todo o tempo) a melhor chefe do mundo. E de trabalhar com o melhor atendimento que eu já trabalhei na vida também (embora, em muitos momentos, eu tivesse vontade de matar ele). E foi esse atendimento que me ensinou uma lição que eu uso todos os dias na mina vida: a gente tem que entregar perfeito. Checa, checa e checa. Você vai passar por chato, mas melhor ser um checador pentelho do que um apressado desatento.

No quase um ano que trabalhei nessa conta, não foram poucas as vezes que tive vontade de arrancar meus cabelos fora, de mudar de galáxia e que chorei, chorei e chorei. Não foi fácil. Na verdade, foi muito difícil.

Esse é um dos jobs que mais me orgulho de ter executado em onze anos de mercado.

Sou eternamente agradecida pelo o que aprendi e me ensinaram durante essa época. Porque esse nivel de exigência tão alto e estressando me fez mudar de patamar profissional ao compreender que a busca pela perfeição (já que perfeito, mesmo, ninguém é) deve vir antes da pressa sempre. E que pressão, a gente sempre vai enfrentar - mas o que vai te diferenciar como profissional é como você vai lidar com ela.

Não existe isso de ter pressa para mandar o job. Você precisa é entregar o job bem feito. Porque se ele não tá bem feito, não tem pressa que tire o "pepino" do teu colo.