sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Cenas Urbanas

Quando eu digo que todas as coisas estranhas do mundo acontecem comigo... não que eles ocorram literalmente com a minha pessoa. Às vezes, eu apenas presencio. Mas não posso negar que há situações realmente estranhas ocorrendo ao meu redor.
Chego em casa agora, após um dia longo e exaustivo, com muito trabalho e gripe. Após um trânsito infernal, desço do ônibus e venho caminhando pra casa, louca para chegar, deitar e dormir. Eis que escuto gritos e sinto pessoas passando rápido ao me lado. Olho no susto. É um casal. A mulher não é mulher. É traveco. Sigo caminhando, acompanhando de perto o diálogo do "casal".

Ela: Ei vi! Eu vi! Não adianta negar!
Ele: Para de reclamar, sua bicha! Você tá viajando! Viu o que? Não tem nada!
Ela: Bicha é a sua mãe! Eu sou traveco! E me dou ao respeito! Seu viado de merda!
Ele: viado não! Me respeita!
Ela: Para de conversinha. Eu vi aquela traveca ridícula da Monica te mandando torpedo! Me larga! Sai de mim que eu não pego macho que sai com aquela aidética!
Ele: Cala boca!
Ela: Cala boca você ou eu como seu c&!!
Ele: Come nada, você é uma bichona passiva de tudo! Cala boca ou eu te dou um soco nessa cara!
Ela: Se bater, eu te enquadro na lei Maria da Penha!

A pergunta que não quer calar: Lei Maria da Penha vale pra traveco, Arnaldo?