sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Das antigas

Resgatando um texto escrito em 2007...


Estima, baixa ou elevada, tesão, atração, amor, respeito, percepções, falsas ou verdadeiras intenções. Cada ser humano entende aquilo que quer entender e acredita (ou não) naquilo que quer.

Pessoas certas nas horas erradas, ressentimentos de quem já foi desprezado, carência de desejo, beijos, abraços, tapas e desprezo, pena, medo, culpa, certezas, incertezas, sonho, realidade, nua e crua. Apenas algumas palavras que ditam nossos relacionamentos, o amor, a excitação, o prazer.

As paredes te olham, você quer subir nelas, é o momento, a pessoa, e você fica sem ação devido à razão. Sente um calor te queimando por dentro, fica vulnerável, pensa nas mil e uma possibilidades que se apresentam.

O gosto da língua, o desejo do desconhecido, o dedo que roça as costas de leve, fazendo todos os pêlos do corpo se levantarem, a pele queimar, o corpo estremecer por dentro, o mel escorrer sobre as colinas atentas aos efeitos que a epiderme estranha provoca.

O olho no olho, a sedução latente, que faz o desejo surgir, dominar e explodir em cada poro dessa máquina de prazer que te envolve desde o nascimento. A vontade insaciável de sentir, amar, urrar, explodir, desmaiar, sem nada precisar, nem um toque, só olhar.

Os dedos deslizam, o medo, o receio, o corpo reage, se contorce, as lágrimas escorrem, o coração explode, o cérebro entra em pane, a lucidez se torna insanidade. O suor, o calor, os gritos, tudo inexiste, só existe aquilo que não se explica, não de descreve, só se sente. Real ou imaginário, forçado ou voluntário.

Ou prevalece a razão, ou a emoção.

Nenhum comentário: