Resgatando um texto escrito em 2007...
Estima, baixa ou elevada, tesão, atração, amor, respeito, percepções, falsas ou verdadeiras intenções. Cada ser humano entende aquilo que quer entender e acredita (ou não) naquilo que quer.
Pessoas certas nas horas erradas, ressentimentos de quem já foi desprezado, carência de desejo, beijos, abraços, tapas e desprezo, pena, medo, culpa, certezas, incertezas, sonho, realidade, nua e crua. Apenas algumas palavras que ditam nossos relacionamentos, o amor, a excitação, o prazer.
As paredes te olham, você quer subir nelas, é o momento, a pessoa, e você fica sem ação devido à razão. Sente um calor te queimando por dentro, fica vulnerável, pensa nas mil e uma possibilidades que se apresentam.
O gosto da língua, o desejo do desconhecido, o dedo que roça as costas de leve, fazendo todos os pêlos do corpo se levantarem, a pele queimar, o corpo estremecer por dentro, o mel escorrer sobre as colinas atentas aos efeitos que a epiderme estranha provoca.
O olho no olho, a sedução latente, que faz o desejo surgir, dominar e explodir em cada poro dessa máquina de prazer que te envolve desde o nascimento. A vontade insaciável de sentir, amar, urrar, explodir, desmaiar, sem nada precisar, nem um toque, só olhar.
Os dedos deslizam, o medo, o receio, o corpo reage, se contorce, as lágrimas escorrem, o coração explode, o cérebro entra em pane, a lucidez se torna insanidade. O suor, o calor, os gritos, tudo inexiste, só existe aquilo que não se explica, não de descreve, só se sente. Real ou imaginário, forçado ou voluntário.
Ou prevalece a razão, ou a emoção.
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