segunda-feira, 10 de março de 2014

Mãe de primeira viagem e suas pirações

No geral, eu, Núbia Tavares, sou uma pessoa cautelosa e medrosa. Odeio correr qualquer tipo de risco e nada me deixa mais em pânico que não estar no controle da situação. Definitivamente, não sou uma pessoa que acha legal convites para pular de paraquedas, fazer trilhas (eu vou cair), entrar no mar agitado, andar de banana (odeio, certeza que vai sobrar um pé na minha cara), fazer tirolesa e qualquer outro tipo de atividade que possa colocar minha vida em risco.

Quando criança, eu evitava ao máximo subir me árvores. Na única vez que me arrisquei, aos 8 anos, cai e torci o tornozelo. Odiei aquilo com todas as minhas forças e, desde então, eu evito qualquer tipo de aventura que possa me fazer quebrar um osso. Posso dizer que tenho sido competente na missão, já que nunca tive que colar nada no meu corpo e tenho me mantido ilesa.

Agora, peguem uma pessoa completamente pilhada com evitar acidentes e joguem um bebê pra ela cuidar. Sentiu meu drama? Mas ai, lendo aqui e lá, eu descobri que muita das minha pirações são completamente comuns a todas as mamães novatas. Por isso, se você se ver em uma das situações abaixo, don´t worry, be happy and welcome to the team.

1. Ficar mexendo a barriga pra ver se seu bebê está bem: no final da gravidez da Luísa, minha vida era chacoalhar a barriga e falar "acorda, Luísa!". Era só eu ficar mais de uma hora sem sentir os movimentos dela que entrava na pilhação. E mexia, falava, comia chocolata, tomava sorvete ou água gelada. Fazia de tudo, até sentir ela mexer.

2. Ficar pilhada com a pulseira da maternidade: Quando o Sérgio me contou que quando os gêmeos nasceram ele não sossegou até colocarem a pulseira de identificação nos bebês, eu dei risada. Quando a Luísa estava pra nascer... comecei a repetir pra ele pelo amor de Deus vigiar nossa filha pra ela não ser trocada na maternidade! Pra nossa sorte, na Pro Matre, a pulseira de identificação é colocada na própria sala de nascimento. Então, o risco de ter se bebê trocado é praticamente nulo. Mas  não custa checar, não é mesmo?

3. Ficar checando se seu bebê está respirando: sou pilhada com refluxo, engasgos, morte súbita e afins. E como a respiração do recém nascido é muito fraquinha, minha vida é ficar colocando a mão no peito da Luísa quando ela tá muito quietinha pra checar se ela está respirando, se está bem.

4. Se assustar com qualquer grunhido: a melhor coisa para uma mãe de primeira viagem é ter um marido que não é pai de primeira viagem. Porque quando seu bebê começar a reclamar de manha, ele vai te explicar que você não precisa se desesperar e correr pro berço pra por a criança no colo. Resmungos, grunhidos e afins são normais, mas quem disse que a gente aguenta a cria falando longe da gente?

5. Fazer uma pesquisa no Google e ter certeza que o pior acontecerá: gente, o Google é ótimo, é incrível, ajuda pacas... exceto se você está grávida ou é mãe de primeira viagem. Não importa se seu filho está apenas com uma tosse ou se você apenas está sentindo um desconforto. O resultado da pesquisa do Google vai traçar o pior cenário possível e você terá certeza de que algo terrível está para acontecer com você e seu filho. Mães são pessimistas por natureza e o Google ajuda a reforçar essa característica. Evite.

6. Dar peito pra tudo: No começo, a gente não sabe porque o bebê está chorando. E como quase tudo a gente resolve com peito... Ele passa a ser a solução pra tudo. Chorou? Dá peito. Acordou? Dá peito. Tá com gases? Dá peito. Depois de um tempo, a gente aprende que tem coisas que o peito não resolve. Mas até descobrir... dá o peito!

Por enquanto, essas são minhas neuroses. Mas tenho certeza absoluta que outras novas virão por ai, porque, de novo, mães são pessimistas. E o pessimismo faz a gente surtar... E as suas neuroses, quais são? Você tem alguma? Divida com a gente nos comentários do post. :)




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