segunda-feira, 13 de abril de 2009

Menina de 23 anos

Vinte e três anos é uma das piores idades da vida do ser humano. Não estou dizendo porque essa é minha atual idade, mas porque é a verdade, eu juro. É impressionante como, dos 21 aos 23 anos você não é nada. Você não é adolescente. Não é universitária (pelo menos, não no meu caso). Também não é uma adulta, mulher Cláudia. Você é uma pré-adulta. E o que significa isso? Bosta nenhuma.

Sério. Eu levo vida de adulta independente. Mas a minha cabeça tem mil e uma neuras típicas da pré-adolescência (que não surgiam desde os 15 anos). Pior que eu estou assim desde os 21 anos. Desde que tive que mentir numa reunião de apresentação com um cliente que tinha 25, para não assustar a gerente de marketing da empresa (que, obviamente, não confiaria em entregar nas mãos de alguém com 21 anos toda a gestão de imagem da empresa).

A pré-adultescência é mais complicada que a pré-adolescência. Porque quando você tem 11, 12, 13, 14 anos, você mora com seus pais, sua única preocupação (em tese) é tirar boas notas na escola e suas espinhas. Existe alguém até que arruma seu quarto e lava sua roupa, olha que beleza! Já a pré-adultescência não. Você vive sozinha, trabalha muito, tem milhares de conta pra pagar, vive correndo de um lado para o outro e precisa arrumar tempo na agenda mega lotada para a academia, o cabeleireiro, a manicure, as aulas de línguas estrangeiras, a pós-graduação. Sem contar aquele happy hour com aquela sua amiga que você não encontra nunca. E tem o namorado. Ah, o namorado... E tem aquele encontro com os amigos no sábado a noite em que, além de bonita e perfumada, você ainda tem que estar bem-humorada, apesar da cólica, da dor de cabeça e dos efeitos de uma tarde inteira ingerindo álcool. Sem esquecer de comprar os presentes de aniversários, os ovos de páscoa, as compras para o almoço de domingo. E tem a casa pra limpar, a roupa para separar, lavar passar...

Sim, a vida na pré-adultescência não é fácil. Ela é bem foda!
Mas, pensando bem, antes uma vida foda do que uma vida virgem. Se tivesse que fazer tudo isso e ainda pensar na castidade... afafafa, Jesus me chicoteia!

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