quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Da seção "Intolerância é pouco"

Rihanna mudará figurino na Malásia
País de maioria muçulmana proíbe que artistas estrangeiras usem roupas consideradas impróprias
Da Rolling Stone


Rihanna vai ter de deixar de lado as roupas decotadas, os shorts curtos ou qualquer outra peça que seja considerada ofensiva pelo governo da Malásia. A cantora vai se apresentar no país de maioria muçulmana no próximo dia 13 de fevereiro. A informação é da agência Associated Press.

As leis locais exigem que cantoras estrangeiras usem roupas que cubram toda pele entre os ombros e os joelhos. Quem não cumpre, paga uma multa: em 2006, os organizadores de uma apresentação das Pussycat Dolls tiveram que desembolsar US$ 3 mil dólares devido à "desobediência" das garotas, que, segundo o governo, não seguiram as regras conforme o combinado.

Razman Razali, empresário da produtora Pineapple, que levará o show ao país, disse que o empresário da cantora conhece as regras. Enquanto isso, uma seção do partido de oposição islâmico divulgou uma nota na internet afirmando que Rihanna é ainda "mais sexy e perigosa" que Avril Lavigne, que em 2008 foi acusada pelo mesmo grupo de ter uma coreografia "muito sexy".

Opinião do Blog: O buraco da intolerância religiosa não tem tem fim. Se eu fosse a Rihana, me apresentava de calcinha e sutiã e pagava a multa e ponto. Esses malucos religiosos precisam aprender que existe um mundo lá fora diferente do deles. E que essas diferenças precisam ser respeitadas. Oras, se ela é tão perigosa para o mundo, porque diabos querem um show dela na Malásia? E outra: quem a considera perigosa, que não vá ao show, ponto.

A hipocrisia é tão grande e imbecil que os idiotas esquecem que, independente do show, há os Youtubes da vida, que servem pra molecada de qualquer país - seja mulçumano, budista, católico, protestante, wikka ou qualquer outra religião - ver cantoras em trajes sexys e mulher pelada. E se há demanda por um show da cantora no país é porque há quem goste de música dela. E é impossível um fã não conhecer o estilo de se vestir de uma pessoa.

Ai fica a pergunta que não quer calar: qual a diferença em ver a Rihana em trajes mínimos na internet ou em um show? Só a intolerância impede que imbecis religiosos aceitem outros estilos de vida, outras, religiões e outros Deuses. É a doença por querer impor a sua verdade que faz com que idiotas façam leis idiotas e intolerantes impondo sua cultura a artistas estrangeiros. Esse é o tipo de gente que odeia liberdade, inteligência e a capacidade de questionamento. Basta pensar como seria uma situação contrária: alguma imagina aqui qualquer país democrático exigindo que uma cantora mulçumana que se apresente de burca seja obrigada a descobrir o rosto ao se apresentar em seu país?

Exigir que uma cantora mude seus trajes é tapas o sol com a peneira, é querer fechar os olhos à democracia e a liberdade de pensamento. É querer que seus jovens não veja que existem lugares em que são as pessoas - e não o governo ou a religião - que definem o que querem ser, o que querem usar, como querem pensar e agir.

E essa liberdade dói, mata e destrói dogmas imbecis que, ao longo da história, têm produzido guerras, ódio e morte. Nada além disso.

Um comentário:

A balzaca disse...

Vamos fazer a festa da Nuvem na Malasia !!!
O primeiro grita NU!
O segundo grita VEM!

É RIR PRA NÃO CHORAR AMIGA !!!